sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rock In Rio

Rock in Rio é um festival de música originário do Brasil idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina e realizado pela primeira vez em 1985. Originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, tornou-se um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição   fora do país em Lisboa, Portugal.
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve nove edições, quatro no Brasil, quatro em Portugal e duas na Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid.
    A última edição do festival ocorreu nos dias 23, 24, 25, 29, 30 de Setembro e nos dias 1 e 2 de outubro de 2011 na cidade do Rio de Janeiro. O hino do festival é de autoria do compositor Nelson Wellington e do maestro Eduardo Souto Neto e foi gravado originalmente pelo grupo Roupa Nova.
O Rock in Rio foi realizado pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e 20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica próximo ao Rio Centro, em Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e uma grande infra-estrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.
A grande fama do evento deveu-se ao fato de que, até sua realização, as grandes estrelas da música internacional não costumavam visitar a América do Sul, pelo que o público local tinha ali a primeira oportunidade de ver de perto os ídolos do rock e do pop internacionais. Roberto Medina realizaria feito semelhante ao trazer o ex-Beatle Paul McCartney ao Rio de Janeiro naquela que foi sua primeira aparição na América Latina, no evento que ficou conhecido como "Paul in Rio" (realizado em 1990, no estádio do Maracanã). Logo depois do fim do Rock in Rio, a "Cidade do Rock" foi demolida por ordem do então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A organização do festival pediu ocupação provisória do terreno, com o intuito de manter a sua posse, após o fim do evento, caracterizando invasão de propriedade pública. No entanto, Brizola decretou sua demolição para efetuar a reintegração de posse do terreno patrimônio do município do Rio de Janeiro.

O Rock in Rio foi internacionalizado em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, na cidade de Lisboa, em Portugal. A organização do festival foi similar à edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do Parque da Bela Vista, o "Palco Mundo" (palco principal), a "Tenda Raízes", "Tenda Mundo Melhor" e a "Tenda Electrónica". Participaram mais de 70 artistas ao longo dos 5 dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil espectadores.Entretanto, a mídia brasileira e o público foram totalmente contra a realização do festival no país, mas ignorados devidos a pensamentos ambiciosos por parte de Roberto Medina.
Em 2006, foi realizada a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local, entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a Tenda Mundo Melhor, e a Tenda Raízesaízes foi substituída pelo palco Hot Stage.
O Rock in Rio Lisboa foi realizada pela terceira vez no Parque da Bela Vista em Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. Nos dias 27 e 28 de junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, foi realizado em Arganda del Rey, Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid. No caso da edição portuguesa, o palco Hot Stage foi substituído pelo palco Sunset Rock in Rio, um espaço dedicado a apresentações conjuntas de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários estilos musicais em formato de jam sessions.

Em 2011, aconteceu a quarta edição do festival no Brasil, após dez anos da terceira edição. Inicialmente previsto para 2014, para coincidir com o ano da Copa do Mundo FIFA de 2014, que será realizada no Brasil, seu lançamento foi adiantado em três anos, a pedido da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. A Prefeitura deverá construir um novo local permanente que permitirá uma maior periodicidade do evento. Segundo Roberto Medina, "Com o novo local, que também ganhará o nome de Cidade do Rock, o Rock in Rio poderá acontecer a cada dois anos, da mesma forma que é o Rock in Rio Lisboa. O espaço não servirá apenas para o festival, será multiuso e poderá abrigar outros shows e eventos.
Mais duas edições do Rock in Rio no Brasil já foram confirmadas também: o Rock in Rio 5 que acontecerá em 2013 e o Rock in Rio 6 que acontecerá no ano de 2015. 
Em 2012 o Rock in Rio voltará à Península Ibérica para mais uma edição do Rock in Rio Lisboa e do Rock in Rio Madrid. Ambas as edições já foram confirmadas. Em 2014 haverá mais uma edição do Rock in Rio Lisboa.
Além das edições já confirmadas, no site oficial do evento havia uma enquete para os usuarios votarem em mais um pais para receber mais uma edição do evento em 2013 junto com o Rio de Janeiro. Os paises concorrentes eram Argentina, Colombia e México. O Vencedor foi o México. Em entrevista ao canal Multishow, Roberto Medina disse que já está sendo preparada a edição mexicano do evento.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Evolução Peixes

Peixes Cartilaginosos



Os tubarõesraias e quimeras (peixes de águas profundas, também chamados de peixes-rato) desta classe (do grego chondros = cartilagem + ichthys = peixe) são os vertebrados vivos mais primitivos com vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e barbatanas pares.
Quimera
 
Este grupo é antigo e representado por numerosos restos fósseis. Pertencem-lhe alguns dos maiores e mais eficientes predadores marinhos. Todos possuem um esqueleto cartilagíneo, dentes especializados que se renovam ao longo da vida e uma pele densamente coberta por escamas em forma de dente.
Praticamente todos são marinhos, embora existam espécies de tubarões e raias que penetram regularmente em estuários e rios, e, em regiões tropicais, espécies de água doce.

Todos os peixes cartilaginosos são predadores, embora os filtradores também ingerem fitoplâncton. Neste caso existem projeções rígidas dos arcos branquiais, que funcionam como filtros. Grande parte da sua dieta é composta por presas vivas, embora consumam igualmente cadáveres, quando disponíveis.

Tubarão filtrador

A maioria dos tubarões não apresenta mais de 2,5 m de comprimento mas alguns atingem 12 m e o tubarão-baleia 18 m, sendo estes os maiores vertebrados vivos, com exceção das baleias.
As raias são igualmente pequenas, com cerca de 60-90 cm de comprimento, mas a raia-jamanta atinge 5 m de comprimento e 6 m de envergadura.
Arraia 

Caracteristicas

Os tubarões, com o seu corpo fusiforme e aerodinâmico, têm grande interesse biológico, pois apresentam características anatômicas básicas presentes em embriões de vertebrados superiores.

Esqueleto cartilagínoso

Sem ossos verdadeiros mas compostos por cartilagem resistente e flexível, mais ou menos reforçados pordepósitos calcários, o esqueleto é composto por um crânio ligado a uma coluna vertebral e cinturas peitoral e pélvica. A mandíbula (não fundida ao crânio) e a maxila estão presentes. A notocorda é persistente nos espaços intervertebrais. Algumas espécies possuem coluna vertebral rija, em tudo semelhante à dos peixes ósseos. Este tipo de esqueleto apenas suporta animais com mais de 10 metros de comprimento em meio aquático, cuja densidade é superior à do ar.

 

Escamas placóides

A pele é rija e está coberta com escamas semelhantes a dentes (são compostas por uma placa de dentina na derme, revestida por esmalte) com um espinho orientado para trás, bem como numerosas glândulas mucosas. Este revestimento confere à pele uma textura de lixa, o que torna o animal mais hidrodinâmico. Algumas espécies de raias apresentam escamas grandes e espinhosas, enquanto outras não apresentam escamas de todo.

Sistema nervoso

Encéfalo distinto e órgãos sensoriais muito desenvolvidos, que lhes permitem localizar presas mesmo quando muito distantes ou enterradas no lodo do fundo. Estes órgãos incluem:
Narinas: localizadas ventralmente na extremidade arredondada da cabeça, capazes de detectar moléculas dissolvidas na água em concentrações mínimas;
Ouvidos: com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores);
Olhos: laterais e sem pálpebras, cuja retina geralmente apenas contém bastonetes (fornecendo uma visão a preto-e-branco mas bem adaptada á baixa luminosidade);
Linha lateral: um fino sulco ao longo dos flancos contendo muitas pequenas aberturas, contém células nervosas sensíveis á pressão (algo como um sentido do tacto á distância);
Ampolas de Lorenzini: localizadas na zona ventral da cabeça, são outros canais sensitivos ligados a pequenas ampolas que contém eletrorreceptores capazes de detectar as correntes elétricas dos músculos de outros organismos;

Sistema digestivo

A boca é ventral com fileiras de dentes revestidos de esmalte (desenvolvidos de escamas placóides). Os dentes estão implantados na carne e não na mandíbula, sendo substituídos continuamente a partir da parte traseira da boca, à medida que são perdidos.
 
A forma dos dentes revela os hábitos alimentares dos animais, dentes pontiagudos e serrilhados nos tubarões, que os usam para agarrar e cortar, e pequenos e em forma de ladrilho nas raias, que os usam para partir as carapaças e conchas dos moluscos e crustáceos de que se alimentam no fundo.
O intestino apresenta válvula em espiral (para aumentar a área de absorção) e fígado, grande e muito rico em óleo o que confere grande flutuabilidade, chegando por vezes a compor 20% do peso do corpo. No entanto, em algumas espécies tal não é suficiente, pois se pararem de nadar afundam-se. O ânus abre para a cloaca.

Sistema circulatório

Coração com 2 câmaras (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso.

Sistema respiratório

As brânquias estão presas à parede de 5 a 7 pares de sacos branquiais, cada um com uma abertura individual em forma de fenda, abrindo á frente da barbatana peitoral nos tubarões ou na superfície ventral das raias. Nas quimeras apenas existe uma fenda branquial.
As narinas não comunicam com a cavidade bucal mas com a faringe.
Os sacos branquiais podem contrair-se para expelir a água ou, como acontece na maioria dos tubarões, o animal usa uma espécie de respiração a jacto, nadando ativamente com a boca e as fendas brânquiais abertas, mantendo um fluxo constante de água. Por esse motivo, é frequente os tubarões afogarem-se quando presos em redes de pesca perdidas.
Geralmente existe um par de espiráculos atrás dos olhos, em ligação á faringe, que, nas espécies bentônicas, permitem a entrada de água sem detritos para as brânquias. Não existe bexiga natatória;

Sistema excretor
Rins mesonéfricos

Reprodução


Clásperes
 
Os tubarões e raias têm os sexos separados, gônadas tipicamente pares, em que os ductos abrem na cloaca e a fecundação é interna. Os clásperes, barbatanas ventrais modificadas, são introduzidos na cloaca da fêmea e o esperma escorre pelo canal formado pelas duas estruturas unidas.
Podendo ser ovíparos (ovos são libertados envoltos em cápsulas semi-rigídas), vivíparos (jovens desenvolvem-se dentro de uma estrutura semelhante a uma placenta, o que lhes permite ser alimentados diretamente pelo corpo da mãe) ou ovovivíparos (retêm os ovos no interior da fêmea, nascendo filhotes completamente formados, cauda primeiro), produzem ovos são muito ricos em vitelo mas sem anexos embrionários.
O desenvolvimento é direto, não existindo nunca estados larvares. Os filhotes nascem com os dentes funcionais e são capazes de caçar de imediato, embora, devido ao seu tamanho, sejam eles próprios potenciais presas.

O saco de ovos de um tubarão esqualídeo,popularmente conhecido como "Bolsa de Sereia"      

Os tubarões são perseguidos, por pura ignorância ou para a obtenção das suas barbatanas (para sopa e utilização em poções "afrodisíacas" asiáticas) ou mortos por acidente em redes de arrasto. Atualmente, grande número de espécies corre sério perigo de extinção.
Com o aumento da população humana e a redução dos cardumes de peixes ósseos, os peixes cartilagíneos têm sido pescados em grande número. Todos os anos se matam cerca de 100 milhões de tubarões e afins, dos quais cerca de 6 milhões são tubarões azuis, mortos apenas pelas suas barbatanas.
Sendo estes animais fundamentais ao correto "funcionamento" do ecossistema marinho, esta matança deve, em curo prazo, provocar desequilíbrios muito graves.
Peixes Ósseos
Os peixes de um cardume não se orientam com a visão ou olfato, mas sim com um orgão chamado linha lateral, lhes permite perceber as vibrações geradas pelo movimento dos outros peixes na água. Como é um sentido que não possuímos, é difícil compara-la a qualquer outro sentido nosso, mas seria uma mistura sobre fato e audição.
Anfíbios
Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.
 


Anfíbios atuais

A Classe Amphibia inclui as cecílias (Ordem Gymnophiona), as salamandras (Ordem Caudata) e os sapos, rãs e pererecas (Ordem Anura). Embora existam variações na forma do corpo e nos órgãos de locomoção, pode-se dizer que a maioria dos anfíbios atuais tem uma pequena variabilidade no padrão geral de organização do corpo. O nome anfíbio indica apropriadamente que a maioria das espécies vive parcialmente na água, parcialmente na terra, constituindo-se no primeiro grupo de cordados a viver fora da água. Entre as adaptações que permitiram a vida terrestre incluem pulmões, pernas e órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água como no ar. Dos animais adaptados ao meio terrestre, os anfíbios são os mais dependentes da água. Foram os primeiros a apresentar esqueleto forte e musculatura capaz de sustentá-los fora d'água.

Reprodução

reprodução dos anfíbios é uma característica que os sujeita a dependência da água, e é uma reprodução sexuada por fecundação externa, podendo haver fecundação interna. Os ovos, sem casca (e por este motivo necessitam da água para proteger os ovos de radiação solar e choques mecânicos), que apenas possui uma envoltória cápsula gelatinosa, só se mantém vivos em meio aquático.

ovos salamandra



Ameaça aos anfíbios
1/3 das espécies de anfíbios está ameaçada de extinção 

O declínio das populações de anfíbios em todo o mundo pode ser classificado como dramático, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (14), no site da revista Science. Ao longo de três anos, todas as 5.743 espécies do grupo conhecidas até hoje pelos cientistas foram analisadas. Mais de 500 pesquisadores de 60 países participaram desse esforço. 

Desde a década de 1980 os pesquisadores sabiam do problema, mas a dificuldade era detectar a velocidade do declínio e se as causas eram naturais ou não. Com os novos números, parte das respostas parece ter sido respondida. 

De acordo com a nova pesquisa, 32% de todas as espécies de anfíbios foram colocadas na lista de animais ameaçados de extinção. A velocidade com que aumentam as pressões ambientais sobre o grupo é grande, afirmam os autores. Dentro desse universo, 427 espécies (7,4%) estão na iminência de não existirem mais. 

"Como os anfíbios dependem dos rios e lagos, eles são os primeiros a sentir os efeitos da poluição desses ambientes, antes até que o ser humano", disse Simon Stuart, em comunicado da Conservação Internacional. O cientista, que também é diretor de biodiversidade da organização não-governamental, é o principal autor da pesquisa que avaliou o estado dos anfíbios. "O rápido declínio do grupo nos mostra que um dos mais críticos sistemas de suporte à vida da Terra não está funcionando", afirmou. 

O grau de importância do número de espécies de anfíbios ameaçadas pode ser medido pela comparação com outros grupos animais, que também já receberam uma análise global. Entre as aves, apenas 12% das espécies estão nessa mesma situação. O número de mamíferos ameaçados é de 23%. 

Até hoje, apenas esses três grupos foram avaliados por grandes projetos de pesquisa, mas essa é a primeira vez que os números referentes aos anfíbios são divulgados. A expectativa do grupo liderado pela Conservação Internacional é que a cada três anos o quadro seja atualizado. A primeira fase do projeto custou US$ 1,5 milhão. 

Segundo a pesquisa, em termos geográficos a Colômbia, com 208 espécies, é o país que mais tem animais em perigo. A lista segue com México (191), Equador (163), Brasil (110) e China (86). Em termos percentuais, o Haiti é o país em piores condições. Segundo o estudo, 92% das espécies encontradas lá correm risco de desaparecer. 

As causas para o declínio dramático dos sapos, rãs, pererecas, salamandras e demais representantes dos anfíbios não é única. A destruição física do hábitat desses animais, a poluição da água e do ar, entretanto, estão entre as mais prováveis. 

De todas as espécies analisadas, nem todas estão em situação negativa. O estudo mostrou que 1% delas está crescendo, apesar de toda a pressão ambiental das últimas duas décadas. 

"Os anfíbios são o melhor termômetro da natureza sobre a saúde ambiental", disse Russell Mittermeier, presidente da organização ecológica Conservation International. "Seu declínio catastrófico representa uma mensagem de advertência de que estamos em um período sério de degradação ambiental", afirmou.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A chegada dos Portugueses no Brasil

-Exploração do pau-brasil

A exploração da árvore do pau-brasil veio a ser a primeira atividade econômica empreendida pelos portugueses em território brasileiro. Sua extração foi fácil, pois o pau-brasil estava localizado em florestas adjacentes ao litoral e havia um intercâmbio permanente com os índios, que talhavam e conduziam as toras em troca de mercadorias européias banais, tais como facões, machados, espelhos, panos, entre outras coisas.
O pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré -estipulada à Coroa e também edificar e conservar as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado pelos invasores.

Exploração da Africa pelos Portugueses

-Origens da escravidão

A escravidão, na África, começou com seu próprio povo; as tribos brigavam entre si, e as populações derrotadas nestas guerras, serviam como recompensa. Os derrotados viravam escravos para servirem ali mesmo ou para serem embarcados para outras regiões. Havia guerras com o exclusivo fim de produzir cativos, o reino do Sego, a confederação Ashanti, o reino do Dahomé e as cidades - estados iorubas foram nações escravizadoras, que anualmente,lançavam seus exércitos em operações de envergadura. Guerreiros promoviam rápidos ataques nos territórios vizinhos, onde aprisionavam um punhado de aldeãos. As operações escravizadoras destruíam e desorganizavam a produção artesanal e pastoril de comunidades inteiras, fora as perdas de vidas motivadas pelos combates. Para cada africano desembarcado vivo nas Américas, dois outros teriam morrido, na África ou em alto mar, em decorrência das violências, diretas ou não, movidas pelo tráfico.
http://artedafrica.blogspot.com/2009/12/origem-da-escravidao-na-africa.html

-Diferença entre escravos e servos

 O escravo é aquele que precisa servir; O servo é aquele que vive para servir.. O escravo precisa;O servo tem oportunidade.. O escravo faz o mínimo requerido; O servo alcaça o potencial maxímo.. O escravo anda uma milha; O servo anda uma milha extra.. O escravo se sente roubado; O servo dá.. O escravo é cativo;O servo é livre.. O escravo se considera injustiçado; O servo se considera honrado no servir.. O escravo luta por direitos; O servo abre mão dos seus direitos.
http://www.dignow.org/post/a-diferen%C3%A7a-entre-o-escravo-e-o-servo-1652751-41478.html

-Tráfico Negreiro

Na Colônia, ainda no século XVI, os portugueses já haviam dado início ao tráfico negreiro, atividade comercial bastante lucrativa. Os traficantes de escravos negros, interessados em ampliar esse rendoso negócio, firmaram alianças com os chefes tribais africanos. Estabeleceram com eles um comércio baseado no escambo, onde trocavam tecidos de seda, jóias, metais preciosos, armas, tabaco,algodão e cachaça, por africanos capturados em guerras com tribos inimigas.
Segundo o historiador Arno Wehling, "a ampliação do tráfico e sua organização em sólidas bases empresariais permitiram criar um mercado negreiro transatlântico que deu estabilidade ao fluxo de mão-de-obra, aumentando a oferta, ao contrário da oscilação no fornecimento de indígenas, ocasionada pela dizimação das tribos mais próximas e pela fuga de outras para o interior da Colônia". Por outro lado, a Igreja, que tinha se manifestado contra a escravidão dos indígenas, não se opôs à escravização dos africanos. Dessa maneira, a utilização da mão-de-obra escrava africana tornou-se a melhor solução para a atividade açucareira.
http://multirio.rio.rj.gov.br/historia/modulo01/traf_negreiro.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os Portugueses no Brasil

Trocas culturais (Indígenas E Portugues )

Quando os europeus chegaram em nossas terras, o choque cultural entre dois povos tão diferentes é algo quase inimaginável para nós, atualmente. Os portugueses eram profundamente católicos e vinham de um país de tradições e costumes bastante rígidos. Encontram nas praias recém-descobertas homens de pele mais escura, mas não tão escura como a dos africanos; homens e mulheres que viviam seminus, em tabas e ocas que os portugueses não poderiam chamar de casas; um povo que não conhecia o Deus cristão e vivia segundo hábitos e costumes completamente diversos, para quem a riqueza do ouro e da prata era desconhecida e   nada significava.
Se, a princípio, os contatos entre nativos e portugueses foram amistosos, não demorou muito até que os “conquistadores” tentassem pôr em prática suas intenções reais. Como Portugal se considerava proprietária das terras descobertas, e tinha direito de explorar as riquezas nelas contidas, os índios eram na verdade um empecilho para o projeto colonizador português. Era preciso educá-los na fé cristã, para que esta se fortalecesse no mundo e para que os costumes fossem os mesmos entre nativos e europeus. Além disso, era preciso vestir os nativos, ensinar-lhes o português, fazê-los trabalhar, enfim: civilizar aquele povo que parecia ter sido esquecido por Deus. O grande interesse dos conquistadores era a utilização dos nativos como mão-de-obra para os trabalhos cotidianos; assim, uma série de costumes dos índios parecia aos portugueses completamente sem sentido: o nomadismo, o fato de que não havia propriedade privada entre eles, ou uma hierarquia de poder, os rituais religiosos e as práticas de antropofagia. Essas diferenças inquietavam os portugueses, e serviram como base para que eles classificassem os costumes do povo a ser colonizado em três categorias: inocentes, bárbaros ou diabólicos.
Classificar os hábitos e costumes dos indígenas foi a maneira que os portugueses encontraram para integrá-los ao seu próprio modo de ver o mundo; dessa forma, os portugueses conseguiram encaixar aquilo que parecia tão incompreensível dentro da sua própria realidade. Assim, os nativos eram vistos como bárbaros a serem civilizados, enquanto que o Novo Mundo, pela natureza exuberante, era visto como o Paraíso.
 Trocas de alimentos
 No primeiro contato que teve com os índios tupiniquins, no litoral sul da Bahia, Pedro Álvares Cabral apresentou a dois deles, no dia 24 de abril de 1500, os alimentos que trazia em suas naus: carneiro, galinha, pão de trigo, peixe cozido, confeito, fartéis, vinho, mel e figos passados.

“Não quiseram comer daquilo quase nada; se alguma coisa provavam, lançavam-na logo fora”, relatou em sua carta Pero Vaz de Caminha. Ele mesmo descreve outra visita de dois índios, cinco dias depois: “Comeram toda a carne que lhes deram”.

Foi a comida _os temperos indianos em especial_ que lançou os portugueses aos mares. Mas a aventura culinária que se iniciou após o Descobrimento do Brasil nada tinha da bem planejada e executada expansão marítima.

Há uma tendência generalizante quando se trata de história do Brasil: agrupar na categoria índios os diversos grupos humanos que aqui habitavam. Os europeus, na prática, sabiam que não era assim e se utilizavam da inexistência de unidade política para promover a conquista e a defesa do território, aliando-se a certos índios contra tribos rivais.

Esse equívoco é menor, no entanto, quando o assunto é alimentação: na hora de comer, pode-se dizer que já havia, no Brasil, um país _a Terra da Mandioca.

Da mandioca, fazia-se a farinha, a tapioca, o beiju, bebidas alcoólicas. Comia-se mandioca na forma de farinha pura, misturada com carne, frutas, vegetais. A macaxeira (mandioca doce) também servia de alimento, assada ou cozida. O cultivo e a sofisticada técnica de preparo da raiz, para que se desfaça do ácido cianídrico, venenoso, teriam sido apresentados pelos aruaques aos índios de língua tupi. O produto dominava o território em 1500 _e ainda é fundamental para o sustento do país.

Os índios tinham outros cultivos, como o das batatas e do amendoim. Também não se pode negligenciar o papel de frutos como o caju na alimentação indígena. Mas nenhum outro alimento era tão importante quanto a mandioca e seus “pratos”: pirão, mingau e paçoca são só alguns dos vocábulos deixados por essa cultura. Como o trigo europeu não se adaptava às terras novas, o colonizador teve de se habituar com a raiz, ainda que a contragosto. Um ministro da Marinha de d. João 6º, no início do século 19, que se negava a comer produtos brasileiros, devorou um prato de doces. Ao saber que eram feitos da goma da mandioca, e não de trigo, vomitou. A aversão, no entanto, não podia ser regra, e a farinha de mandioca passou a ser a ração que mantinha a Colônia, passando a integrar as receitas de bolos, caldos, cozidos e outros pratos da cozinha portuguesa.
 A Conquista da América pelos espanhóis
 Na mesma época em que a Espanha acabava de consolidar a expulsão dos muçulmanos, Colombo descobria a América para os Reis Católicos e os espanhóis iniciavam a conquista das novas terras, misturando os motivos de missão religiosa com os da sede de riquezas e poder. Em sentido restrito, dá-se o nome de conquista da América espanhola à que foi realizada pelos espanhóis nos territórios das civilizações do Novo Mundo. Ao contrário de outros processos colonizadores, como o do Caribe, o do rio da Prata ou o do Brasil pelos portugueses, essas campanhas de conquista foram levadas a efeito contra estados ou confederações de tribos que contavam com exércitos permanentes e elevado grau de organização. Foram, portanto, verdadeiras operações militares, executadas por soldados profissionais diante de forças em geral muito mais numerosas. Apesar disso, a vantagem dos espanhóis era incomparável, propícia a estimular-lhes a prepotência e a crueldade, pois seus adversários não conheciam as armas de fogo e chegaram a vê-los como deuses.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

As diferentes divisões regionais do Brasil

Macroregiões

Dividir o Brasil em regiões não é uma tarefa fácil,pois nosso é muito extenso e apresenta características naturais e  humanas muito variadas.Ao longo da história,foram feitas diversas divisões regionais do país.Em 1946 foi proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) uma divisão regional oficial.
As Macroregiões brasileiras são:Norte,Nordeste,Sul,Sudeste,Centro-Oeste.
As Macroregiões tambem acompanham os limites de estado.
Verde:Norte Azul:Centro-Oeste Vermelho:Sul Amarelo:Sudeste Marrom:Nordeste
Complexos Regionais:

Por ser oficial, a divisão do IBGE é a mais utilizada.Porém, em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs uma nova regionalização para o país,baseada em critérios geoeconômicos.Ele determinou para o Brasil três grandes complexos regionais.
As Regiões do Complexo são:Amazonas,Centro-Sul e Nordeste.
 E elas não acompanham os limites de estado.

A Contrarreforma e os conflitos religiosos

O Concílio de Trento (1545-1563)

Com objetivo de conter o avanço protestante, o papa Paulo III, que liderou a igreja entre 1534 e 1549, convocou reuniões de autoridades e estudiosos católicos na cidade de Trento ( No Norte Da Itália ).
A Contrarreforma e o Barroco

A decoração das igrejas deveria ser muito envolvente, com imagens e pinturas que arrebatassem atenção dos fiéis. Essas orientações atingiram sua melhor forma de expressão com um estilo artístico chamado Barroco.

O Anglicanismo

Na Inglaterra do século XVI, o rei católico Henrique VIII herdou um reino cheio de dívidas e não tinha um filho homem que pudesse ocupar o trono depois da sua morte. Em meio a problemas domésticos, o rei Henrique encantou-se com uma camareira chamada Ana Bolena. Por isso, resolveu separar-se da rainha Catarina de Aragão – de origem espanhola – e fazer de Ana a nova rainha. Para tanto, precisava que o papa Clemente VII concedesse a anulação de seu casamento.