sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Rock In Rio

Rock in Rio é um festival de música originário do Brasil idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina e realizado pela primeira vez em 1985. Originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome, tornou-se um evento de repercussão mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição   fora do país em Lisboa, Portugal.
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve nove edições, quatro no Brasil, quatro em Portugal e duas na Espanha. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid.
    A última edição do festival ocorreu nos dias 23, 24, 25, 29, 30 de Setembro e nos dias 1 e 2 de outubro de 2011 na cidade do Rio de Janeiro. O hino do festival é de autoria do compositor Nelson Wellington e do maestro Eduardo Souto Neto e foi gravado originalmente pelo grupo Roupa Nova.
O Rock in Rio foi realizado pela primeira vez na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e 20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica próximo ao Rio Centro, em Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e uma grande infra-estrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.
A grande fama do evento deveu-se ao fato de que, até sua realização, as grandes estrelas da música internacional não costumavam visitar a América do Sul, pelo que o público local tinha ali a primeira oportunidade de ver de perto os ídolos do rock e do pop internacionais. Roberto Medina realizaria feito semelhante ao trazer o ex-Beatle Paul McCartney ao Rio de Janeiro naquela que foi sua primeira aparição na América Latina, no evento que ficou conhecido como "Paul in Rio" (realizado em 1990, no estádio do Maracanã). Logo depois do fim do Rock in Rio, a "Cidade do Rock" foi demolida por ordem do então governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A organização do festival pediu ocupação provisória do terreno, com o intuito de manter a sua posse, após o fim do evento, caracterizando invasão de propriedade pública. No entanto, Brizola decretou sua demolição para efetuar a reintegração de posse do terreno patrimônio do município do Rio de Janeiro.

O Rock in Rio foi internacionalizado em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, na cidade de Lisboa, em Portugal. A organização do festival foi similar à edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do Parque da Bela Vista, o "Palco Mundo" (palco principal), a "Tenda Raízes", "Tenda Mundo Melhor" e a "Tenda Electrónica". Participaram mais de 70 artistas ao longo dos 5 dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil espectadores.Entretanto, a mídia brasileira e o público foram totalmente contra a realização do festival no país, mas ignorados devidos a pensamentos ambiciosos por parte de Roberto Medina.
Em 2006, foi realizada a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local, entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a Tenda Mundo Melhor, e a Tenda Raízesaízes foi substituída pelo palco Hot Stage.
O Rock in Rio Lisboa foi realizada pela terceira vez no Parque da Bela Vista em Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. Nos dias 27 e 28 de junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, foi realizado em Arganda del Rey, Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid. No caso da edição portuguesa, o palco Hot Stage foi substituído pelo palco Sunset Rock in Rio, um espaço dedicado a apresentações conjuntas de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários estilos musicais em formato de jam sessions.

Em 2011, aconteceu a quarta edição do festival no Brasil, após dez anos da terceira edição. Inicialmente previsto para 2014, para coincidir com o ano da Copa do Mundo FIFA de 2014, que será realizada no Brasil, seu lançamento foi adiantado em três anos, a pedido da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. A Prefeitura deverá construir um novo local permanente que permitirá uma maior periodicidade do evento. Segundo Roberto Medina, "Com o novo local, que também ganhará o nome de Cidade do Rock, o Rock in Rio poderá acontecer a cada dois anos, da mesma forma que é o Rock in Rio Lisboa. O espaço não servirá apenas para o festival, será multiuso e poderá abrigar outros shows e eventos.
Mais duas edições do Rock in Rio no Brasil já foram confirmadas também: o Rock in Rio 5 que acontecerá em 2013 e o Rock in Rio 6 que acontecerá no ano de 2015. 
Em 2012 o Rock in Rio voltará à Península Ibérica para mais uma edição do Rock in Rio Lisboa e do Rock in Rio Madrid. Ambas as edições já foram confirmadas. Em 2014 haverá mais uma edição do Rock in Rio Lisboa.
Além das edições já confirmadas, no site oficial do evento havia uma enquete para os usuarios votarem em mais um pais para receber mais uma edição do evento em 2013 junto com o Rio de Janeiro. Os paises concorrentes eram Argentina, Colombia e México. O Vencedor foi o México. Em entrevista ao canal Multishow, Roberto Medina disse que já está sendo preparada a edição mexicano do evento.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A Evolução Peixes

Peixes Cartilaginosos



Os tubarõesraias e quimeras (peixes de águas profundas, também chamados de peixes-rato) desta classe (do grego chondros = cartilagem + ichthys = peixe) são os vertebrados vivos mais primitivos com vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e barbatanas pares.
Quimera
 
Este grupo é antigo e representado por numerosos restos fósseis. Pertencem-lhe alguns dos maiores e mais eficientes predadores marinhos. Todos possuem um esqueleto cartilagíneo, dentes especializados que se renovam ao longo da vida e uma pele densamente coberta por escamas em forma de dente.
Praticamente todos são marinhos, embora existam espécies de tubarões e raias que penetram regularmente em estuários e rios, e, em regiões tropicais, espécies de água doce.

Todos os peixes cartilaginosos são predadores, embora os filtradores também ingerem fitoplâncton. Neste caso existem projeções rígidas dos arcos branquiais, que funcionam como filtros. Grande parte da sua dieta é composta por presas vivas, embora consumam igualmente cadáveres, quando disponíveis.

Tubarão filtrador

A maioria dos tubarões não apresenta mais de 2,5 m de comprimento mas alguns atingem 12 m e o tubarão-baleia 18 m, sendo estes os maiores vertebrados vivos, com exceção das baleias.
As raias são igualmente pequenas, com cerca de 60-90 cm de comprimento, mas a raia-jamanta atinge 5 m de comprimento e 6 m de envergadura.
Arraia 

Caracteristicas

Os tubarões, com o seu corpo fusiforme e aerodinâmico, têm grande interesse biológico, pois apresentam características anatômicas básicas presentes em embriões de vertebrados superiores.

Esqueleto cartilagínoso

Sem ossos verdadeiros mas compostos por cartilagem resistente e flexível, mais ou menos reforçados pordepósitos calcários, o esqueleto é composto por um crânio ligado a uma coluna vertebral e cinturas peitoral e pélvica. A mandíbula (não fundida ao crânio) e a maxila estão presentes. A notocorda é persistente nos espaços intervertebrais. Algumas espécies possuem coluna vertebral rija, em tudo semelhante à dos peixes ósseos. Este tipo de esqueleto apenas suporta animais com mais de 10 metros de comprimento em meio aquático, cuja densidade é superior à do ar.

 

Escamas placóides

A pele é rija e está coberta com escamas semelhantes a dentes (são compostas por uma placa de dentina na derme, revestida por esmalte) com um espinho orientado para trás, bem como numerosas glândulas mucosas. Este revestimento confere à pele uma textura de lixa, o que torna o animal mais hidrodinâmico. Algumas espécies de raias apresentam escamas grandes e espinhosas, enquanto outras não apresentam escamas de todo.

Sistema nervoso

Encéfalo distinto e órgãos sensoriais muito desenvolvidos, que lhes permitem localizar presas mesmo quando muito distantes ou enterradas no lodo do fundo. Estes órgãos incluem:
Narinas: localizadas ventralmente na extremidade arredondada da cabeça, capazes de detectar moléculas dissolvidas na água em concentrações mínimas;
Ouvidos: com três canais semicirculares dispostos perpendicularmente uns aos outros (funcionando como um órgão de equilíbrio, portanto, tal como em todos os vertebrados superiores);
Olhos: laterais e sem pálpebras, cuja retina geralmente apenas contém bastonetes (fornecendo uma visão a preto-e-branco mas bem adaptada á baixa luminosidade);
Linha lateral: um fino sulco ao longo dos flancos contendo muitas pequenas aberturas, contém células nervosas sensíveis á pressão (algo como um sentido do tacto á distância);
Ampolas de Lorenzini: localizadas na zona ventral da cabeça, são outros canais sensitivos ligados a pequenas ampolas que contém eletrorreceptores capazes de detectar as correntes elétricas dos músculos de outros organismos;

Sistema digestivo

A boca é ventral com fileiras de dentes revestidos de esmalte (desenvolvidos de escamas placóides). Os dentes estão implantados na carne e não na mandíbula, sendo substituídos continuamente a partir da parte traseira da boca, à medida que são perdidos.
 
A forma dos dentes revela os hábitos alimentares dos animais, dentes pontiagudos e serrilhados nos tubarões, que os usam para agarrar e cortar, e pequenos e em forma de ladrilho nas raias, que os usam para partir as carapaças e conchas dos moluscos e crustáceos de que se alimentam no fundo.
O intestino apresenta válvula em espiral (para aumentar a área de absorção) e fígado, grande e muito rico em óleo o que confere grande flutuabilidade, chegando por vezes a compor 20% do peso do corpo. No entanto, em algumas espécies tal não é suficiente, pois se pararem de nadar afundam-se. O ânus abre para a cloaca.

Sistema circulatório

Coração com 2 câmaras (aurícula e ventrículo) por onde circula apenas sangue venoso.

Sistema respiratório

As brânquias estão presas à parede de 5 a 7 pares de sacos branquiais, cada um com uma abertura individual em forma de fenda, abrindo á frente da barbatana peitoral nos tubarões ou na superfície ventral das raias. Nas quimeras apenas existe uma fenda branquial.
As narinas não comunicam com a cavidade bucal mas com a faringe.
Os sacos branquiais podem contrair-se para expelir a água ou, como acontece na maioria dos tubarões, o animal usa uma espécie de respiração a jacto, nadando ativamente com a boca e as fendas brânquiais abertas, mantendo um fluxo constante de água. Por esse motivo, é frequente os tubarões afogarem-se quando presos em redes de pesca perdidas.
Geralmente existe um par de espiráculos atrás dos olhos, em ligação á faringe, que, nas espécies bentônicas, permitem a entrada de água sem detritos para as brânquias. Não existe bexiga natatória;

Sistema excretor
Rins mesonéfricos

Reprodução


Clásperes
 
Os tubarões e raias têm os sexos separados, gônadas tipicamente pares, em que os ductos abrem na cloaca e a fecundação é interna. Os clásperes, barbatanas ventrais modificadas, são introduzidos na cloaca da fêmea e o esperma escorre pelo canal formado pelas duas estruturas unidas.
Podendo ser ovíparos (ovos são libertados envoltos em cápsulas semi-rigídas), vivíparos (jovens desenvolvem-se dentro de uma estrutura semelhante a uma placenta, o que lhes permite ser alimentados diretamente pelo corpo da mãe) ou ovovivíparos (retêm os ovos no interior da fêmea, nascendo filhotes completamente formados, cauda primeiro), produzem ovos são muito ricos em vitelo mas sem anexos embrionários.
O desenvolvimento é direto, não existindo nunca estados larvares. Os filhotes nascem com os dentes funcionais e são capazes de caçar de imediato, embora, devido ao seu tamanho, sejam eles próprios potenciais presas.

O saco de ovos de um tubarão esqualídeo,popularmente conhecido como "Bolsa de Sereia"      

Os tubarões são perseguidos, por pura ignorância ou para a obtenção das suas barbatanas (para sopa e utilização em poções "afrodisíacas" asiáticas) ou mortos por acidente em redes de arrasto. Atualmente, grande número de espécies corre sério perigo de extinção.
Com o aumento da população humana e a redução dos cardumes de peixes ósseos, os peixes cartilagíneos têm sido pescados em grande número. Todos os anos se matam cerca de 100 milhões de tubarões e afins, dos quais cerca de 6 milhões são tubarões azuis, mortos apenas pelas suas barbatanas.
Sendo estes animais fundamentais ao correto "funcionamento" do ecossistema marinho, esta matança deve, em curo prazo, provocar desequilíbrios muito graves.
Peixes Ósseos
Os peixes de um cardume não se orientam com a visão ou olfato, mas sim com um orgão chamado linha lateral, lhes permite perceber as vibrações geradas pelo movimento dos outros peixes na água. Como é um sentido que não possuímos, é difícil compara-la a qualquer outro sentido nosso, mas seria uma mistura sobre fato e audição.
Anfíbios
Na evolução da vida no nosso planeta, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a ocupar o ambiente terrestre, embora não efetivamente. Além de possuírem uma pele muito fina que não protege da desidratação, eles colocam ovos sem casca, que ficam ressecados se permanecerem fora da água ou de ambientes úmidos. Assim, esse grupo de animais, não é independente da água, já que pelo menos uma fase da vida, da maioria dos anfíbios, acontece na água e eles precisam dela para a reprodução.
 


Anfíbios atuais

A Classe Amphibia inclui as cecílias (Ordem Gymnophiona), as salamandras (Ordem Caudata) e os sapos, rãs e pererecas (Ordem Anura). Embora existam variações na forma do corpo e nos órgãos de locomoção, pode-se dizer que a maioria dos anfíbios atuais tem uma pequena variabilidade no padrão geral de organização do corpo. O nome anfíbio indica apropriadamente que a maioria das espécies vive parcialmente na água, parcialmente na terra, constituindo-se no primeiro grupo de cordados a viver fora da água. Entre as adaptações que permitiram a vida terrestre incluem pulmões, pernas e órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água como no ar. Dos animais adaptados ao meio terrestre, os anfíbios são os mais dependentes da água. Foram os primeiros a apresentar esqueleto forte e musculatura capaz de sustentá-los fora d'água.

Reprodução

reprodução dos anfíbios é uma característica que os sujeita a dependência da água, e é uma reprodução sexuada por fecundação externa, podendo haver fecundação interna. Os ovos, sem casca (e por este motivo necessitam da água para proteger os ovos de radiação solar e choques mecânicos), que apenas possui uma envoltória cápsula gelatinosa, só se mantém vivos em meio aquático.

ovos salamandra



Ameaça aos anfíbios
1/3 das espécies de anfíbios está ameaçada de extinção 

O declínio das populações de anfíbios em todo o mundo pode ser classificado como dramático, segundo estudo publicado nesta quinta-feira (14), no site da revista Science. Ao longo de três anos, todas as 5.743 espécies do grupo conhecidas até hoje pelos cientistas foram analisadas. Mais de 500 pesquisadores de 60 países participaram desse esforço. 

Desde a década de 1980 os pesquisadores sabiam do problema, mas a dificuldade era detectar a velocidade do declínio e se as causas eram naturais ou não. Com os novos números, parte das respostas parece ter sido respondida. 

De acordo com a nova pesquisa, 32% de todas as espécies de anfíbios foram colocadas na lista de animais ameaçados de extinção. A velocidade com que aumentam as pressões ambientais sobre o grupo é grande, afirmam os autores. Dentro desse universo, 427 espécies (7,4%) estão na iminência de não existirem mais. 

"Como os anfíbios dependem dos rios e lagos, eles são os primeiros a sentir os efeitos da poluição desses ambientes, antes até que o ser humano", disse Simon Stuart, em comunicado da Conservação Internacional. O cientista, que também é diretor de biodiversidade da organização não-governamental, é o principal autor da pesquisa que avaliou o estado dos anfíbios. "O rápido declínio do grupo nos mostra que um dos mais críticos sistemas de suporte à vida da Terra não está funcionando", afirmou. 

O grau de importância do número de espécies de anfíbios ameaçadas pode ser medido pela comparação com outros grupos animais, que também já receberam uma análise global. Entre as aves, apenas 12% das espécies estão nessa mesma situação. O número de mamíferos ameaçados é de 23%. 

Até hoje, apenas esses três grupos foram avaliados por grandes projetos de pesquisa, mas essa é a primeira vez que os números referentes aos anfíbios são divulgados. A expectativa do grupo liderado pela Conservação Internacional é que a cada três anos o quadro seja atualizado. A primeira fase do projeto custou US$ 1,5 milhão. 

Segundo a pesquisa, em termos geográficos a Colômbia, com 208 espécies, é o país que mais tem animais em perigo. A lista segue com México (191), Equador (163), Brasil (110) e China (86). Em termos percentuais, o Haiti é o país em piores condições. Segundo o estudo, 92% das espécies encontradas lá correm risco de desaparecer. 

As causas para o declínio dramático dos sapos, rãs, pererecas, salamandras e demais representantes dos anfíbios não é única. A destruição física do hábitat desses animais, a poluição da água e do ar, entretanto, estão entre as mais prováveis. 

De todas as espécies analisadas, nem todas estão em situação negativa. O estudo mostrou que 1% delas está crescendo, apesar de toda a pressão ambiental das últimas duas décadas. 

"Os anfíbios são o melhor termômetro da natureza sobre a saúde ambiental", disse Russell Mittermeier, presidente da organização ecológica Conservation International. "Seu declínio catastrófico representa uma mensagem de advertência de que estamos em um período sério de degradação ambiental", afirmou.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A chegada dos Portugueses no Brasil

-Exploração do pau-brasil

A exploração da árvore do pau-brasil veio a ser a primeira atividade econômica empreendida pelos portugueses em território brasileiro. Sua extração foi fácil, pois o pau-brasil estava localizado em florestas adjacentes ao litoral e havia um intercâmbio permanente com os índios, que talhavam e conduziam as toras em troca de mercadorias européias banais, tais como facões, machados, espelhos, panos, entre outras coisas.
O pau-brasil só poderia ser retirado de nossas matas se houvesse uma autorização preliminar da Coroa Portuguesa e o acerto das taxas era estipulado por esta. O primeiro a usufruir dessa concessão, em 1501, foi Fernando de Noronha, o qual tinha como sócios vários comerciantes judeus, porém, em troca desta permissão, tinham por obrigação enviar embarcações à nova terra, encontrar pelo menos trezentas léguas de costa, pagar uma quantia pré -estipulada à Coroa e também edificar e conservar as fortificações, mantendo assim a segurança do novo território tão almejado pelos invasores.

Exploração da Africa pelos Portugueses

-Origens da escravidão

A escravidão, na África, começou com seu próprio povo; as tribos brigavam entre si, e as populações derrotadas nestas guerras, serviam como recompensa. Os derrotados viravam escravos para servirem ali mesmo ou para serem embarcados para outras regiões. Havia guerras com o exclusivo fim de produzir cativos, o reino do Sego, a confederação Ashanti, o reino do Dahomé e as cidades - estados iorubas foram nações escravizadoras, que anualmente,lançavam seus exércitos em operações de envergadura. Guerreiros promoviam rápidos ataques nos territórios vizinhos, onde aprisionavam um punhado de aldeãos. As operações escravizadoras destruíam e desorganizavam a produção artesanal e pastoril de comunidades inteiras, fora as perdas de vidas motivadas pelos combates. Para cada africano desembarcado vivo nas Américas, dois outros teriam morrido, na África ou em alto mar, em decorrência das violências, diretas ou não, movidas pelo tráfico.
http://artedafrica.blogspot.com/2009/12/origem-da-escravidao-na-africa.html

-Diferença entre escravos e servos

 O escravo é aquele que precisa servir; O servo é aquele que vive para servir.. O escravo precisa;O servo tem oportunidade.. O escravo faz o mínimo requerido; O servo alcaça o potencial maxímo.. O escravo anda uma milha; O servo anda uma milha extra.. O escravo se sente roubado; O servo dá.. O escravo é cativo;O servo é livre.. O escravo se considera injustiçado; O servo se considera honrado no servir.. O escravo luta por direitos; O servo abre mão dos seus direitos.
http://www.dignow.org/post/a-diferen%C3%A7a-entre-o-escravo-e-o-servo-1652751-41478.html

-Tráfico Negreiro

Na Colônia, ainda no século XVI, os portugueses já haviam dado início ao tráfico negreiro, atividade comercial bastante lucrativa. Os traficantes de escravos negros, interessados em ampliar esse rendoso negócio, firmaram alianças com os chefes tribais africanos. Estabeleceram com eles um comércio baseado no escambo, onde trocavam tecidos de seda, jóias, metais preciosos, armas, tabaco,algodão e cachaça, por africanos capturados em guerras com tribos inimigas.
Segundo o historiador Arno Wehling, "a ampliação do tráfico e sua organização em sólidas bases empresariais permitiram criar um mercado negreiro transatlântico que deu estabilidade ao fluxo de mão-de-obra, aumentando a oferta, ao contrário da oscilação no fornecimento de indígenas, ocasionada pela dizimação das tribos mais próximas e pela fuga de outras para o interior da Colônia". Por outro lado, a Igreja, que tinha se manifestado contra a escravidão dos indígenas, não se opôs à escravização dos africanos. Dessa maneira, a utilização da mão-de-obra escrava africana tornou-se a melhor solução para a atividade açucareira.
http://multirio.rio.rj.gov.br/historia/modulo01/traf_negreiro.html

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os Portugueses no Brasil

Trocas culturais (Indígenas E Portugues )

Quando os europeus chegaram em nossas terras, o choque cultural entre dois povos tão diferentes é algo quase inimaginável para nós, atualmente. Os portugueses eram profundamente católicos e vinham de um país de tradições e costumes bastante rígidos. Encontram nas praias recém-descobertas homens de pele mais escura, mas não tão escura como a dos africanos; homens e mulheres que viviam seminus, em tabas e ocas que os portugueses não poderiam chamar de casas; um povo que não conhecia o Deus cristão e vivia segundo hábitos e costumes completamente diversos, para quem a riqueza do ouro e da prata era desconhecida e   nada significava.
Se, a princípio, os contatos entre nativos e portugueses foram amistosos, não demorou muito até que os “conquistadores” tentassem pôr em prática suas intenções reais. Como Portugal se considerava proprietária das terras descobertas, e tinha direito de explorar as riquezas nelas contidas, os índios eram na verdade um empecilho para o projeto colonizador português. Era preciso educá-los na fé cristã, para que esta se fortalecesse no mundo e para que os costumes fossem os mesmos entre nativos e europeus. Além disso, era preciso vestir os nativos, ensinar-lhes o português, fazê-los trabalhar, enfim: civilizar aquele povo que parecia ter sido esquecido por Deus. O grande interesse dos conquistadores era a utilização dos nativos como mão-de-obra para os trabalhos cotidianos; assim, uma série de costumes dos índios parecia aos portugueses completamente sem sentido: o nomadismo, o fato de que não havia propriedade privada entre eles, ou uma hierarquia de poder, os rituais religiosos e as práticas de antropofagia. Essas diferenças inquietavam os portugueses, e serviram como base para que eles classificassem os costumes do povo a ser colonizado em três categorias: inocentes, bárbaros ou diabólicos.
Classificar os hábitos e costumes dos indígenas foi a maneira que os portugueses encontraram para integrá-los ao seu próprio modo de ver o mundo; dessa forma, os portugueses conseguiram encaixar aquilo que parecia tão incompreensível dentro da sua própria realidade. Assim, os nativos eram vistos como bárbaros a serem civilizados, enquanto que o Novo Mundo, pela natureza exuberante, era visto como o Paraíso.
 Trocas de alimentos
 No primeiro contato que teve com os índios tupiniquins, no litoral sul da Bahia, Pedro Álvares Cabral apresentou a dois deles, no dia 24 de abril de 1500, os alimentos que trazia em suas naus: carneiro, galinha, pão de trigo, peixe cozido, confeito, fartéis, vinho, mel e figos passados.

“Não quiseram comer daquilo quase nada; se alguma coisa provavam, lançavam-na logo fora”, relatou em sua carta Pero Vaz de Caminha. Ele mesmo descreve outra visita de dois índios, cinco dias depois: “Comeram toda a carne que lhes deram”.

Foi a comida _os temperos indianos em especial_ que lançou os portugueses aos mares. Mas a aventura culinária que se iniciou após o Descobrimento do Brasil nada tinha da bem planejada e executada expansão marítima.

Há uma tendência generalizante quando se trata de história do Brasil: agrupar na categoria índios os diversos grupos humanos que aqui habitavam. Os europeus, na prática, sabiam que não era assim e se utilizavam da inexistência de unidade política para promover a conquista e a defesa do território, aliando-se a certos índios contra tribos rivais.

Esse equívoco é menor, no entanto, quando o assunto é alimentação: na hora de comer, pode-se dizer que já havia, no Brasil, um país _a Terra da Mandioca.

Da mandioca, fazia-se a farinha, a tapioca, o beiju, bebidas alcoólicas. Comia-se mandioca na forma de farinha pura, misturada com carne, frutas, vegetais. A macaxeira (mandioca doce) também servia de alimento, assada ou cozida. O cultivo e a sofisticada técnica de preparo da raiz, para que se desfaça do ácido cianídrico, venenoso, teriam sido apresentados pelos aruaques aos índios de língua tupi. O produto dominava o território em 1500 _e ainda é fundamental para o sustento do país.

Os índios tinham outros cultivos, como o das batatas e do amendoim. Também não se pode negligenciar o papel de frutos como o caju na alimentação indígena. Mas nenhum outro alimento era tão importante quanto a mandioca e seus “pratos”: pirão, mingau e paçoca são só alguns dos vocábulos deixados por essa cultura. Como o trigo europeu não se adaptava às terras novas, o colonizador teve de se habituar com a raiz, ainda que a contragosto. Um ministro da Marinha de d. João 6º, no início do século 19, que se negava a comer produtos brasileiros, devorou um prato de doces. Ao saber que eram feitos da goma da mandioca, e não de trigo, vomitou. A aversão, no entanto, não podia ser regra, e a farinha de mandioca passou a ser a ração que mantinha a Colônia, passando a integrar as receitas de bolos, caldos, cozidos e outros pratos da cozinha portuguesa.
 A Conquista da América pelos espanhóis
 Na mesma época em que a Espanha acabava de consolidar a expulsão dos muçulmanos, Colombo descobria a América para os Reis Católicos e os espanhóis iniciavam a conquista das novas terras, misturando os motivos de missão religiosa com os da sede de riquezas e poder. Em sentido restrito, dá-se o nome de conquista da América espanhola à que foi realizada pelos espanhóis nos territórios das civilizações do Novo Mundo. Ao contrário de outros processos colonizadores, como o do Caribe, o do rio da Prata ou o do Brasil pelos portugueses, essas campanhas de conquista foram levadas a efeito contra estados ou confederações de tribos que contavam com exércitos permanentes e elevado grau de organização. Foram, portanto, verdadeiras operações militares, executadas por soldados profissionais diante de forças em geral muito mais numerosas. Apesar disso, a vantagem dos espanhóis era incomparável, propícia a estimular-lhes a prepotência e a crueldade, pois seus adversários não conheciam as armas de fogo e chegaram a vê-los como deuses.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

As diferentes divisões regionais do Brasil

Macroregiões

Dividir o Brasil em regiões não é uma tarefa fácil,pois nosso é muito extenso e apresenta características naturais e  humanas muito variadas.Ao longo da história,foram feitas diversas divisões regionais do país.Em 1946 foi proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) uma divisão regional oficial.
As Macroregiões brasileiras são:Norte,Nordeste,Sul,Sudeste,Centro-Oeste.
As Macroregiões tambem acompanham os limites de estado.
Verde:Norte Azul:Centro-Oeste Vermelho:Sul Amarelo:Sudeste Marrom:Nordeste
Complexos Regionais:

Por ser oficial, a divisão do IBGE é a mais utilizada.Porém, em 1967, o geógrafo Pedro Pinchas Geiger propôs uma nova regionalização para o país,baseada em critérios geoeconômicos.Ele determinou para o Brasil três grandes complexos regionais.
As Regiões do Complexo são:Amazonas,Centro-Sul e Nordeste.
 E elas não acompanham os limites de estado.

A Contrarreforma e os conflitos religiosos

O Concílio de Trento (1545-1563)

Com objetivo de conter o avanço protestante, o papa Paulo III, que liderou a igreja entre 1534 e 1549, convocou reuniões de autoridades e estudiosos católicos na cidade de Trento ( No Norte Da Itália ).
A Contrarreforma e o Barroco

A decoração das igrejas deveria ser muito envolvente, com imagens e pinturas que arrebatassem atenção dos fiéis. Essas orientações atingiram sua melhor forma de expressão com um estilo artístico chamado Barroco.

O Anglicanismo

Na Inglaterra do século XVI, o rei católico Henrique VIII herdou um reino cheio de dívidas e não tinha um filho homem que pudesse ocupar o trono depois da sua morte. Em meio a problemas domésticos, o rei Henrique encantou-se com uma camareira chamada Ana Bolena. Por isso, resolveu separar-se da rainha Catarina de Aragão – de origem espanhola – e fazer de Ana a nova rainha. Para tanto, precisava que o papa Clemente VII concedesse a anulação de seu casamento.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mais Invertebrados Se Diversificam

Molusco

A concha

Os moluscos são animais invertebrados (sem espinha dorsal) que têm como característica o corpo mole - molluscus, em latim, quer dizer exatamente "mole". A maioria deles é dotada de uma concha de origem calcária formada a partir de uma espécie de pele que reveste o corpo desses animais, chamada manto ou pálio. "A concha protege o animal e também funciona como esqueleto, dando sustentação aos músculos do corpo para a movimentação. Ela aparece imediatamente após o nascimento da fase larval. A larva, freqüentemente menor que 1 milímetro de diâmetro, forma uma concha protetora chamada protoconcha", afirma o biólogo Osmar Domaneschi, da USP, especialista em moluscos. A fase larval geralmente tem duração breve, de horas ou dias, dependendo da espécie.
Daí o animal passa para a chamada fase juvenil, na qual já parece com um indivíduo adulto, com a diferença de que ainda não está sexualmente maduro. "O molusco juvenil continua secretando substâncias que constituem a concha, aumentando-a a partir da protoconcha larval até formar a concha definitiva", diz Osmar.

As Perolas

A formação de uma pérola, também denominada de margarita, ocorre em razão da penetração de substâncias, partículas (areia) ou microrganismos (vermes) entre a concha e o manto de algumas espécies de ostras.

Em resposta ao corpo estranho, o manto secreta uma série de camadas de nácar ou madrepérola, substância composta por pectatos de carbonato de cálcio na forma de cristais de aragonita, desempenhando um mecanismo de defesa do organismo. Naturalmente esse processo confere brilho à superfície da concha, e da mesma forma à pérola, que não necessita de lapidação ou polimento.

As pérolas cultivadas são produzidas inserindo, artificialmente, em outras produtoras de pérolas, uma pequena esfera envolta por um fragmento do manto extraído de uma ostra jovem.

Por aplicação dessa técnica, uma pérola demora em média três anos para se formar. Os japoneses são os pioneiros no cultivo desses moluscos, as ostras das espécies: Pinctada imbricata, Pinctada máxima e a Pinctada margaritifera, produzem pérolas de coloração creme, amareladas esverdeadas ou negras, com diâmetro variando de 2 a 17 mm.

Anelídeos

Introdução
Os anelídeos são animais invertebrados de corpo alongado, segmentado e mole. O corpo dos anelídeos é composto por uma cabeça numa das extremidades e uma cauda em outra extremidade.

Classes de anelídeos

Oligoquetas

Os anelídeos oligoquetas vivem tanto em ambientes terrestres quanto em água doce. A respiração destes animais é cutânea (pela pele) e o apêndice é de tamanho reduzido ou até mesmo ausente, no caso de algumas espécies.
Exemplo: minhoca

Poliquetas

Grande parte destes anelídeos vive no mar. Em cada segmento do corpo possuem apêndices locomotores. Outra característica comum é que cavam buracos na areia.
Exemplos: sérpula e neréis.

Hirudíneos

Vivem tanto na água doce como no solo. Apresentam ventosas em cada extremidade do corpo. A respiração destes anelídeos ocorre através da pele (respiração cutânea).
Exemplo: sanguessuga
Curiosidade:
- Pesquisadores já catalogaram e estudaram mais de 6 mil espécies de animais anelídeos.

Sanguessugas

O que são sanguessugas?
Sanguessugas são seres hermafroditas pertencentes à classe Hirudinea, que se alimentam de sangue de outros animais, aos quais se fixam através das suas ventosas.

Existem mais de 500 espécies de sanguessugas, sendo que estas podem variar entre 6 a 30cm consoante a espécie.
Podem ser encontradas em todo o mundo, geralmente na água doce. Existem também algumas espécies marinhas e outras que vivem na lama. Nas zonas tropicais existem espécies arbóreas que caem sobre as vítimas. Preferem lagos, lagoas e rios calmos de água quente.Uso na medicina
É importante referir que a sanguessuga não é apenas hematófaga (alimenta-se de sangue), muitas espécies podem ser predadoras alimentando-se também de vermes, e certos insectos, além de matéria orgânica.

A sanguessuga utilizada para fins medicinais denomina-se por Hirudo medicinalis (foto à direita).
Este tipo de espécie alimenta-se do sangue de mamíferos e enquanto isso, produz uma substância anticoagulante, a hirudina, que ajuda na circulação sanguínea.

A sanguessuga medicinal deve ser estéril e originária de criadores especializados.

Pode ser indicada no tratamento de feridas infectadas e superficiais, com formações pustulosas.
O tratamento com a utilização de sanguessuga é contra-indicado em lesões
extensas, pois há o evidente risco de “perdê-las” no leito da lesão.

Artrópodes:

Grupos:

ArtrópodesO filo Arthropoda reúne uma grande diversidade de organismos, que se caracterizam por ter o corpo protegido por uma armadura rígida, o exoesqueleto de quitina. Seus representantes são divididos em três subfilos: crustáceos, quelicerados e unirâmios. Os crustáceos, em sua maioria aquáticos, são os camarões, as lagostas, os caranguejos, os siris, os tatuzinhos-de-jardim, etc. Os quelicerados, representados por aranhas, escorpiões, carrapatos e ácaros, são tipicamente de terra firme. Os unirâmios, como os piolhos-de-cobra (diplópodes), as centopeias (miriápodes) e os insetos, são animais de terra firme e constituem a maioria das espécies conhecidas de seres vivos.

Habitat:

Seu habitat tanto pode ser aquático quanto terrestre, e entre os invertebrados são os únicos dotados da capacidade de voar.


sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Vermes Achatados e Cilindricos

Platelmintos

Características Gerais
Os platelmintos, também conhecidos popularmente como vermes, são animais pertencentes ao filo Platyhelminthes, reino Animália e subreino Metazoa. O corpo dos platelmintos é achatado, pois não possuem sistemas respiratório e circulatório. Vivem em locais úmidos e, algumas espécies, parasitam animais (principalmente mamíferos).


Ocorre de forma intra e extracelular. O sistema é incompleto, apresentando apenas uma abertura em todo sistema. Possuem boca, faringe e intestino.

Sistema nervoso

Possuem sistema nervoso central formado por um anel. Possuem filetes nervosos que percorrem o corpo todo através de ramificações.
Sistema excretor
A excreção é realizada através das células-flama (protonefrídios), que realizam a excreção para a superfície do corpo. Os platelmintos secretam amônia.

Sistema respiratório

Não possuem sistema respiratório. Nos platelmintos de vida livre as trocas são feitas por difusão. Já nos parasitas ela é feita de forma anaeróbica, ou seja, não utiliza oxigênio.

Sistema circulatório

Também não possuem sistema circulatório. Os alimentos são distribuídos pelo corpo através das ramificações do sistema digestivo.

Sistema reprodutor

A reprodução varia de acordo com a espécie. Muitos platelmintos são hermafroditas. Alguns se reproduzem por partenogênese (desenvolvimento do embrião sem fecundação, de forma assexuada). As planárias podem se reproduzir por fissão (ruptura de um pedaço do corpo gerando outro) ou, até mesmo, de forma sexuada .
Principais doenças provocadas por platelmintos
- Taenia Solium provoca no ser humano a teníase e a cisticercose.
- Esquistossomo provoca a esquistossomose.
- Tremátodes provocam doenças no sangue e no fígado.

Nematelmintos

Os nemaltelmintos eram tratados antigamente como uma classe dentro de filo maior, denominado Aschelminthes. Atualmente não se consideram mais os asquelmintos como um filo verdadeiro, mas apenas um termo genérico sem valor científico. Os nematelmintos possuem corpo cilíndrico, recoberto por uma cutícula resistente, com simetria bilateral. Numerosas espécies apresentam vida livre, porém muitas são parasitas de plantas e animais.
Os nematóideos possuem dois nervos (dorsal e ventral) longitudinais que correm o corpo do animal. Não há sistema circulatório ou respiratório. Possuem sistema digestivo completo e digestão extracelular. A respiração é anaeróbica. Todos apresentam sexos separados.
Algumas espécies parasitam o ser humano: Ascaris lumbricoides, Necator americanus, Enterobius vermiculares, Ancylostoma duodenale , por exemplo.

Ascaris lumbricoides

Ascaris lumbricoides ou lombriga, como é conhecida popularmente, é um verme de 15 a 20 centímetros de comprimento, parasita do intestino humano. Apresenta dimorfismo sexual (macho diferente das fêmeas), sendo que o macho é menor e possui a extremidade posterior do corpo em forma de gancho como podemos ver na figura abaixo:
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A lombriga quando adulta vive no intestino humano, onde deposita seus ovos, que são eliminados com as fezes do hospedeiro. Mais tarde esses ovos vão se desenvolver contaminando o solo e as águas dos rios. Esses causam diferentes doenças que atacam diversas partes do corpo humano, podendo levar até mesmo à morte.

Transmissão
Esse verme pode ser pego de várias maneiras como por exemplo, em instalações sanitárias inadequadas. As fezes são liberadas podendo contaminar a água, o solo e conseqüentemente a vegetação. Assim, ao se comer o vegetal contaminado, os ovos podem chegar ao tubo digestivo. Em cada ovo desenvolve-se uma larva que perfura a parede do intestino, atingindo os vasos sangüíneos.

Sintomas
As larvas da lombriga podem trazer graves problemas respiratórios, coceira no nariz e na garganta (3). Já o verme quando adulto causa outras doenças como vômitos, cólicas e convulsões (4). Mas, quando o número de vermes é grande, leva à obstrução intestinal, podendo causar a morte. Nas crianças, às vezes, também aparecem outros sintomas como a asfixia, pois se acumulam na laringe e na faringe, durante o excesso de vômitos.

Profilaxia

Esses vermes são transmissíveis através das fezes depositadas no solo e nas águas dos rios, contaminando assim o alimento plantado naquele local. Logo, a pessoa que ingere esse alimento fica contaminada. Para evitar essa contaminação é preciso ter, principalmente, Saneamento Básico, condições sanitárias adequadas, pois assim as fezes não irão contaminar o meio ambiente. Ao se alimentar, deve-se lavar muito bem os alimentos que serão ingeridos crus. As verduras cruas devem ser bem desinfetadas ou, se possível, cozidas.

Ancylostoma duodenale

Ancilóstomo. Seu nome científico é Ancylostoma duodenale. Esse verme possui aproximadamente 15 milímetros de comprimento. Alimenta-se do sangue da parede do intestino humano, ali permanecendo fixo.
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Acima a figura mostra os ganchos da cavidade bucal com os quais o verme se prende à parede do intestino e ao lado o ovo com o embrião.

Sintomas

Ao contrair Amarelão ou Ancilostomose, a pessoa contaminada se enfraquece e pode ter anemia, pois ocorre hemorragia nas feridas da parede intestinal.

Transmissão

As fêmeas do ancilóstomo depositam seus ovos no intestin
o humano. Ao saírem com as fezes, podem cair em solos úmidos. Esses ovos dão origem a larvas microscópicas, que se fixam na terra. As larvas, ao entrarem em contato com a pele humana, penetram no organismo. Pela circulação, vão para o intestino humano, onde atingem a fase adulta e podem se reproduzir, dando origem a doenças como ancilostomose ou amarelão, como podemos ver abaixo:

Ciclo do Amarelão

Esses vermes são encontrados especialmente nas areias úmidas e em poças d'água.
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Profilaxia

Precisamos ter alguns cuidados básicos como:
  • Não devemos jogar fezes no meio ambiente, pois assim podemos contaminá-lo.
  • Devemos ter Saneamento Básico, desviando as fezes para locais específicos, para não contaminar o ambiente.
  • Evitar o contato da pele humana com terra suja ou que possa estar contaminada. Usar calçados ajuda a prevenir a contaminação desses vermes.
Doenças causadas por vermes
Ciclo da vida do verme da esquistossomose

A Esquistossomose, também conhecida como barriga d'água, ou mal do caramujo é uma importante doença no brasil, devido ao número de vítimas.Segundo a Fundação Nacional de Saúde, estima-se que haja 200 milhões de pessoas infectadas no mundo, enquanto outros 600 milhões encontram-se sob risco de contrair a doença. No Brasil a esquistossomose está presente em 19 estados, dentre eles São Paulo, e existem aproximadamente 26 milhões de brasileiros expostos ao risco de contaminação.  
A esquistossomose é causada pelo Schistosoma mansoni , verme achatado do grupo dos trematódeos. O corpo, de cor esbranquiçada, não possui divisões, epiderme ou cílios externos, e é recoberto por um tipo de cutícula. Possui uma ventosa oral e outra ventral; podem medir de 1,0 a 1,5 cm, sendo a fêmea maior e um pouco mais escura que o macho.
O ovo de S. mansoni mede 150 micrômetros de comprimento por 60 micrômetros de largura (1 micrômetro corresponde a uma das partes resultantes de um milímetro dividido em 1000). Visto ao microscópio óptico, o ovo pode ser reconhecido pela presença de um espículo , espécie de pequeno espinho, voltado para trás.
As fêmeas de S. mansoni põem os ovos na parede de pequenos vasos sanguíneos. Eles permanecem nesse local por cerca de uma semana, até que as larvas, presentes no seu interior, alcancem um determinado estágio de desenvolvimento, quando, finalmente, são liberados juntamente com as fezes, indo contaminar o ambiente. Assim, se essas fezes forem deixadas perto   ou dentro de um manancial de água doce, parada ou com pouca correnteza, elas irão contaminar a água com os ovos de S. mansoni , que eclodirão dando origem a larvas denominadas de miracídios. Se nesses mananciais houver determinadas espécies de caramujos os miracídeos irão infectá-los. Só depois de passar pelo caramujo e se transformar em outro tipo de larva, a cercaria , é que o S. mansoni terá capacidade para penetrar no corpo humano. Os principais caramujos que servem como hospedeiros intermediários são do gênero Biomphalaria , cuja principal característica é a concha de cor marrom acinzentada e achatada nas laterais.
Depois de trinta dias, aproximadamente, o caramujo infectado liberará, na água onde vive, cerca de 100 a 300 mil cercárias , que ficam nadando e que podem penetrar em vários organismos, como aves e outros mamíferos, mas só continuarão o seu ciclo de vida se infectarem o Homem. Nele, a penetração das cercarias ocorre através das mucosas e da pele, principalmente da pele dos pés e das pernas, por serem as áreas do corpo que mais se expõem ao contato com a água. Ao penetrar através da pele as cercárias provocam sintomas como sensação de comichão (coceira), inchaço local, vermelhidão e dor. Se essas larvas estiverem na água a ser bebida elas penetrarão pela mucosa da boca,   desenvolvendo-se normalmente, ou irão para o estômago, onde o suco gástrico provocará a destruição de todas elas.
Depois de penetrar através da pele, as cercarias migram pelo tecido até alcançar um vaso sangüíneo. Desse modo, elas são levadas junto com o sangue até os pulmões podendo causar febre, mau estar, tosse, dores musculares, dores abdominais e hepatite. Dos pulmões, juntamente com o sangue, elas alcançarão os vasos sanguíneos do fígado, podendo causar febre e aumento do abdômen devido ao acúmulo de água, razão da doença ser conhecida também como barriga d'água. No fígado essas larvas alimentar-se-ão e transformar-se-ão em adultos fêmea e macho. Depois de se acasalarem as fêmeas darão origem a ovos que serão depositados, principalmente na parede dos vasos que irrigam o intestino. Na maioria das vezes, esses ovos desenvolver-se-ão e serão liberados juntamente com as fezes, contaminando o ambiente. Ao atingirem a luz do intestino, local onde as fezes são formadas, eles podem causar hemorragias e inchaço. No entanto, há casos nos quais os ovos não são levados à luz intestinal e sim ao fígado, onde causam graves alterações, como a necrose, que é a morte de células, que são substituídas por um tecido mais rígido, fibroso, e que não realiza as funções próprias do tecido hepático.
Os locais mais freqüentes para contaminação por esses ovos são valas de irrigação de hortas, açudes, pequenos córregos, onde geralmente se lava roupa, e reservatórios de água.

Teníase e Cisticercose

O que é teníase?

A teníase é resultado da presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no intestino delgado do homem.
É uma parasitose intestinal que pode causar dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência (gases), diarréia ou constipação.
Quando o parasita permanece no intestino, o parasitismo pode ser considerado benigno.
Excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica por haver penetração do parasita em locais como o apêndice cecal (parte do intestino que costuma ser operada quando há "apendicite"), colédoco (ducto que drena secreção do fígado para o intestino), ducto pancreático (ducto que drena secreção do pâncreas para o intestino) devido ao crescimento exagerado do parasita nestes locais, o que pode ocasionar obstrução.
Em alguns casos, pode provocar retardo no crescimento e no desenvolvimento das crianças e baixa produtividade no adulto.
A infestação pode ser percebida pela eliminação espontânea de proglotes (parte do corpo do verme que contém ovos) nas fezes.

O que é cisticercose?

A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos humanos.
As manifestações clínicas dependem da localização e do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro (é assim que costumam ser chamas as pessoas que "hospedam" o verme).
As formas graves estão localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psíquicos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oculares.

Quem é o agente causador?

A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a da carne bovina. Esses dois cestódeos na forma adulta causam doença intestinal (teníase). São os ovos da Taenia solium que causam a cisticercose ao serem ingeridos.
A tênia é conhecida popularmente como solitária.

Como se transmite?

A teníase é adquirida através da ingestão de carne de boi ou de porco mal cozida, que contém as larvas.
Quando o homem ingere os ovos da Taenia solium, provenientes de verduras e legumes mal lavados ou higiene inadequada, adquire a cisticercose.

Tempo até os primeiros sintomas

O tempo para o aparecimento da cisticercose humana varia de 15 dias a anos após a infecção.
Para a teníase, cerca de três meses após a ingestão da larva, o parasita adulto já pode ser encontrado no intestino delgado humano.

Tem algum risco?

Relativos à teníase:
Obstrução de apêndice
Colédoco ou ducto pancreático
Relativos à cisticercose:
Problemas visuais
Neurológicos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de teníase geralmente é feito através da observação de proglotes (partes do verme) nas fezes ou pela presença de ovos no exame de fezes.
O diagnóstico da neurocisticercose se faz através de exames de imagem (Raio X, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética de cisticercos calcificados).

Como se trata?

É importante ficar bem claro que as medicações utilizadas devem ser receitadas por um médico que acompanhe o paciente.
O hábito de tomar remédios para vermes por conta própria não é adequado.
Como todos os remédios essas medicações não são isentas de efeitos colaterais, o que pode trazer sérios problemas à saúde.
Com o acompanhamento, o médico poderá receitar a droga mais indicada para o caso e acompanhar os possíveis efeitos colaterais.

Como evitar?

Através de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, com o cozimento adequado da carne de boi e de porco e a correta lavagem de verduras e legumes.


Necator americanus

É um dos nematódeos causadores da ancilostomose.
Seu tamanho adulto varia de 0,8 a 1,3 cm.
O Necator americanus apresenta lâminas na cápsula bucal e o macho possui bolsa copuladora na região posterior.
Quando eliminados nas fezes, são avermelhados por causa da hematofagia e histiofagia que fazem no trato gastrointestinal do hospedeiro.

Os ovos

(1) são liberados no ambiente e tornam-se larvados. A larva rabditóide
(2) leva por volta de uma semana para tornar-se filarióide
(3) A infecção mais comum é por penetração da larva pela pele humana, mas pode ocorrer penetração por mucosas (boca). A infecção ocorre preferencialmente em locais baixos, alagáveis e férteis. A larva atinge a circulação linfática ou vasos sangüíneos, passando pelos pulmões e retornando até a faringe para a deglutição (Ciclo de Looss). O local preferencial de instalação no intestino é no final do duodeno, mas ocasionalmente pode atingir o íleo ou ceco (em infecções maciças) onde torna-se adulto
(4) O período pré-patente varia de cinco a sete semanas.
A penetração da larva causa dermatite, que pode variar de intensidade.
Nos pulmões pode haver bronquite/alveolite.
O intestino é acometido pela hisitiofagia e hematofagia dos parasitos, através das quais se alimenta.
Podem também se formar úlceras intestinais, anemia e hipoproteinemia.
Uso de calçados, hábitos de higiene corporal, fervura da água a ser ingerida e cuidados na preparação de alimentos são medidas preventivas.

Ancilostomose

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde relativos a 2002, 1,3 bilhão de pessoas no planeta (sobretudo nas regiões tropicais e subtropicais) estão infectadas pelo ancilostoma e 65 mil morrem devido à anemia associada à doença.
Popularmente conhecida como amarelão, a enfermidade tornou-se célebre graças a Monteiro Lobato, quando este criou o personagem Jeca Tatu - caipira considerado por todos preguiçoso e idiota, mas que ao se descobrir doente de amarelão, trata-se, cura-se e torna-se fazendeiro rico.
A ancilostomose é causada por três tipos de vermes:
O Necator americanus e outros dois do gênero Ancylostoma
O A. duodenalis
O A. ceylanicum.
As espécies se diferenciam pelas estruturas formadas por quitina (mesma substância das conchas dos caracóis), semelhantes a dentes.
A fêmea, de acordo com a espécie, põe entre quatro e 30 mil ovos por dia. Esses ovos são liberados nas fezes, se as condições climáticas forem propícias, eclodem e entre cinco e dez dias tornam-se larvas infectantes.
A infecção ocorre quando a larva atravessa a pele do indivíduo por meio do contato direto com solo contaminado (por exemplo, ao se andar descalço na terra).
De ciclo complexo, o verme se estabelece no intestino delgado, onde prende seus "dentes" na parede intestinal e passa a sugar o sangue de sua vítima.
O parasito também pode ser ingerido com água ou alimentos contaminados, o que facilita o seu ciclo.
Dependendo da quantidade de vermes, o infectado pode ou não desenvolver a doença. Esta é detectada quando o sangue perdido devido à infecção começa a interferir na vida do enfermo.
Os primeiros sintomas são a palidez (o que caracteriza o nome popular de amarelão), desânimo, dificuldade de raciocínio, cansaço e fraqueza.
Tudo causado pela falta de ferro (anemia) no organismo.
Com o tempo, a situação pode progredir e se agravar, aparecendo dores musculares, abdominais e de cabeça, hipertensão, sopro cardíaco, tonturas e ausência das menstruações nas mulheres.
A ancilostomose é particularmente perigosa para as grávidas, pois pode afetar o desenvolvimento do feto, e para as crianças, retardando (por vezes de modo irreversível) seu desenvolvimento mental e físico.
Boca de um Ancylostoma duodenalis com seus quatro
Boca de um Ancylostoma duodenalis com seus quatro "dentes" (estruturas em forma triangular)
Muito dificilmente a ancilostomose é fatal. Para tratá-la, basta a administração de remédios. No entanto, o tralta, lavar bem e com água potável frutas, verduras e legumes e beber somente água tratada.atamento não torna o paciente imune à doença, conseqüentemente, uma vez curado, se este entrar em contato novamente com as larvas da ancilostomose, voltará a infectar-se.
A melhor maneira de evitar a ancilostomose se dá por meio de medidas sanitárias e de educação, tais como construir redes de saneamento básico, evitar contato direto com solos onde a incidência da doença é