sexta-feira, 18 de março de 2011

O uso dos solos

O que é solo

O solo é a camada superficial constituída de partículas minerais e orgânicas, distribuídas em horizontes de profundidade variável, resultante da ação conjunta de agentes intempéricos sobre as rochas e a adaptação destas às condições de equilíbrio do meio em que se encontram expostas, geralmente diferentes daquele que condicionou sua gênese apresentando variabilidade espacial. No caso de solos aluviais, essa variabilidade torna-se mais intensa, por serem formados por partículas de diversas gêneses sedimentadas aleatoriamente ao longo da superfície de uma determinada área.
Na natureza, além dos processos de formação dos solos, existem outros, principalmente derivados da ação dos agentes erosivos, que atuam em sentido contrário. Normalmente, produz-se uma harmonia entre a ação de uns e de outros, estabelecendo-se um equilíbrio entre os mecanismos de "desgaste" e de "formação" do solo. Nos ambientes semi-áridos e tropicais, este equilíbrio é muito frágil e fácil de se romper, na maioria das vezes em prejuízo do solo. É na zona semi-árida, onde se cultiva a maior área com algodão irrigado no Brasil e quando o homem interfere de forma decisiva, sobre este equilíbrio, pode desnivelá-lo a favor dos mecanismos de desgaste.


Qualidade do solo

O solo é um recurso natural vital para o funcionamento do ecossistema terrestre e representa um balanço entre os fatores físicos, químicos e biológicos. Os principais componentes do solo incluem minerais inorgânicos e partículas de areia, silte e argila, formas estáveis da matéria orgânica derivadas da decomposição pela biota do solo; organismos vivos como minhocas, insetos, bactérias, fungos, algas e nematóides; e gases como O2, CO2, N2, NOx. O solo, como um sistema natural vivo e dinâmico, regula a produção de alimentos e fibras e o balanço global do ecossistema, além de servir como meio para o crescimento vegetal, através do suporte físico, disponibilidade de água, nutrientes e oxigênio para as raízes, além de atuar na regulação hídrica no ambiente, transformação e degradação de compostos poluentes.
A qualidade do solo é definida como a capacidade deste de funcionar dentro do ecossistema para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a saúde das plantas e animais (Doran & Parkin, 1994). Outras definições para a qualidade do solo foram descritas: “capacidade de um tipo específico de solo funcionar como ecossistema natural ou manejado para sustentar a produtividade animal e vegetal, manter a qualidade da água e do ar e suportar o crescimento humano (Karlen et al., 1997); “condição do solo relativa aos requerimentos de uma ou mais espécies biológicas e/ou de algum propósito humano (Johnson et al., 1997) “capacidade do solo de sustentar a diversidade biológica, regular o fluxo de água e solutos, degradar, imobilizar e destoxificar compostos orgânicos e inorgânicos e atuar na ciclagem de nutrientes e outros elementos (Seybold et al., 1998).

O bom uso do solo

No entanto, uma das melhores formas de tratamento de resíduos é seu uso no solo, como fertilizante de culturas, transformando um problema ambiental em insumo agropecuário barato e permitindo a reciclagem de nutrientes, quando são observadas algumas regras técnicas.
Para fazer a fertilização correta de qualquer cultura, o primeiro passo é conhecer a sua necessidade de nutrientes e quanto tem de nutrientes no solo. A partir disso, verifica-se quanto deve ser fornecido ao solo com o uso de fertilizantes. Para o bom uso de resíduos como fertilizante é essencial conhecer a composição aproximada dos mesmos, o que pode ser feito por análise ou consultando tabelas que já existem em livros ou nos escritórios da assistência técnica.
Ao usar fertilizantes orgânicos, deve-se levar em conta que eles demoram mais para fazer efeito e talvez seja necessário, nas primeiras fertilizações, fazer um complemento com fertilizantes mais solúveis, que agem mais rapidamente. Para diminuir esse atraso, pode-se utilizar os resíduos compostados, que podem disponibilizar os nutrientes mais rapidamente. Depois de algum tempo usando os fertilizantes orgânicos, a entrada e a saída dos nutrientes no solo fica em equilíbrio, e pode-se deixar de depender dos fertilizantes químicos, desde que respeitadas as necessidades das culturas.


Problemas na ocupação dos solos

Queimadas

Nuvens de fumaça das queimadas bloqueiam 20% da luz solar, diminuem as chuvas e esfriam a Amazônia
Quase todo mundo já viu esta cena, ao vivo ou na televisão: nuvens de fumaça tingem de cinza o céu da Amazônia no auge da estação das queimadas, entre agosto e outubro, a época mais seca do ano na região.
Nesse período, por falta de visibilidade, microscópicas partículas decorrentes da combustão da vegetação, chamadas de aerossóis, turvam de forma tão marcante o firmamento que aeroportos de capitais como Rio Branco e Porto Velho fecham constantemente para pousos e decolagens.
Num dia especialmente opaco, um falso, lento - e lindo - pôr-do-sol pode começar ao meio-dia e se arrastar por horas.

Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-queimadas/queimadas.php

Erosão

No que se refere às ações da natureza, podemos citar as chuvas como principal causadora da erosão. Ao atingir o solo, em grande quantidade, provoca deslizamentos, infiltrações e mudanças na consistência do terreno. Desta forma, provoca o deslocamento de terra. O vento e a mudança de temperatura também são causadores importantes da erosão.
Quando um vulcão entra em erupção quase sempre ocorre um processo de erosão, pois a quantidade de terra e rochas deslocadas é grande.
A mudança na composição química do solo também pode provocar a erosão.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/geografia/erosao.htm

Lixiviação

A “lixiviação” é a extração ou solubilização dos constituintes químicos de uma rocha, mineral, solo, depósito sedimentar e etc. pela ação de um fluido percolante.

Em metalurgia e outras áreas relacionadas, a lixiviação é utilizada para separar metais de valor de um minério por meio de solução aquosa de maneira barata (sem ser necessário o beneficiamento do minério) e, em outros casos, também é usada para se fazer a remoção de impurezas, quando recebe o nome de “lixiviação inversa”.
Este tipo de lixiviação chamamos de “lixiviação química” e pode ser divida em dois tipos: lixiviação direta e lixiviação sob pressão.

Fonte: http://www.infoescola.com/geologia/lixiviacao/

Laterização

O clima úmido e quente de muitas regiões tropicais desgasta o solo a grandes profundidades, e quanto mais profunda a derradeira fonte de nutrientes na rocha matriz não alterada, mais pobre as camadas da superfície. Solos ricos desenvolvem-se de fato em muitas regiões tropicais, particularmente em áreas montanhosas onde a erosão continuamente remove camadas superficiais do solo deplecionadas de nutrientes. Mas os solos de outras áreas, especialmente aqueles existentes em planícies (a Bacia Amazônica, por exemplo) e aqueles que se desenvolvem em material parental deficiente em quartzo (SiO2), porém ricos em ferro e magnésio (basalto, por exemplo), contêm pouca argila e por isso não retêm bem os nutrientes. A argila falha em formar-se em quantidade devido à ausência de silício. Em vez disso, os óxidos de ferro e alumínio predominam nos horizontes do solo. Este tipo de intemperismo é conhecido como laterização; os óxidos dão aos solos laterizados a sua típica cor vermelha.

Fonte: http://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/1544/laterizacao

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